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o que é o contrato social da empresa

Esse documento não só define a estrutura jurídica da empresa, mas também estabelece as regras operacionais, a divisão de responsabilidades entre os sócios e os direitos de cada um. 

Neste artigo, abordaremos os principais aspectos do contrato social, desde sua estrutura até sua importância para o sucesso empresarial. 

Além disso, exploraremos os diferentes tipos de contrato social para empresas, como elaborá-los e os erros comuns que devem ser evitados.

Para saber mais, continue a leitura e confira!

O que é o contrato social da empresa?

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O contrato social é um documento legal que formaliza a constituição de uma empresa. Ele funciona como uma “certidão de nascimento” do negócio, detalhando sua estrutura, seus sócios, suas regras de funcionamento e sua atividade econômica. 

Logo, para compreender o que é o contrato social da empresa, saiba que a sua elaboração é obrigatória para negócios que possuem mais de um sócio e também para alguns tipos de empreendimentos individuais.

Esse documento é fundamental para garantir a organização interna da empresa e para que as obrigações de cada sócio estejam bem definidas. 

Então, um contrato social bem estruturado pode evitar conflitos futuros e garantir o crescimento sustentável do negócio.

Elementos essenciais do contrato social

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Ao compreender o que é o contrato social da empresa, um dos primeiros passos é elaborá-lo da forma correta. Esse documento não é apenas uma formalidade legal, mas um instrumento essencial para a organização e funcionamento da empresa. 

Ele ajuda a garantir que todos os aspectos da sociedade sejam claramente definidos, protegendo os direitos dos sócios e oferecendo uma base sólida para a administração do negócio. 

A seguir, vamos detalhar os principais elementos que compõem um contrato social eficaz, confira:

Identificação dos sócios e suas responsabilidades

A primeira parte do contrato social é a identificação de todos os sócios envolvidos na empresa. 

Para cada sócio, deve-se incluir informações como nome completo, CPF e endereço. 

Isso cria um vínculo legal claro entre os indivíduos e a empresa, além de estabelecer quem são os responsáveis pela gestão e operação do negócio.

Além disso, o contrato social deve especificar as responsabilidades e participações de cada sócio na gestão da empresa. 

Isso inclui determinar qual será o papel de cada um dentro da administração, se será ativo, se terá funções executivas, e qual a porcentagem de participação de cada sócio no capital social e na distribuição de lucros e prejuízos. 

Esta definição é fundamental para evitar desentendimentos no futuro e para garantir que os direitos e deveres de cada sócio sejam respeitados.

Outra consideração importante é a definição das condições para a entrada ou saída de sócios.

O contrato social deve prever como será o processo de venda de quotas, como o novo sócio será integrado, e quais são as condições para que um sócio deixe a sociedade, garantindo que todos os processos sejam realizados de forma legal e transparente.

Descrição da atividade econômica da empresa

Outro aspecto crucial do contrato social é a definição da atividade econômica que a empresa irá desenvolver. 

Para isso, é necessário consultar a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que agrupa as empresas por ramos de atividade. 

Essa definição tem impacto direto nas obrigações fiscais e tributárias da empresa, pois, dependendo do tipo de atividade, a empresa poderá ser sujeita a diferentes regimes tributários.

A descrição precisa da atividade econômica também é essencial para garantir que a empresa esteja conforme as regulamentações e licenças necessárias. 

Por exemplo, empresas que atuam em setores como saúde, alimentos ou transporte, podem precisar de autorizações específicas ou cumprir exigências sanitárias.

Além disso, escolher corretamente o código CNAE é importante para determinar se a empresa pode optar por regimes tributários mais favoráveis, como o Simples Nacional, ou se ela será enquadrada em regimes mais complexos, como o Lucro Real ou Lucro Presumido. 

Um erro nesta escolha pode gerar custos e complicações no futuro, portanto, a descrição da atividade econômica deve ser feita com cuidado e, se necessário, com o auxílio de um contador.

Divisão de quotas e capital social

O capital social é o valor que os sócios decidem investir para iniciar a empresa. 

Esse valor deve ser especificado no contrato social, incluindo a divisão das quotas entre os sócios. 

A divisão de quotas é importante porque define a porcentagem de participação de cada sócio na empresa, o que influencia diretamente a responsabilidade de cada um em relação às dívidas e obrigações da empresa, além da divisão dos lucros e prejuízos.

O contrato social também deve esclarecer como o capital será integralizado. Os sócios podem fazer a integralização do capital de forma imediata, ou em prazos acordados entre as partes. 

A integralização pode ser feita em dinheiro, bens ou direitos, e deve ser registrada no contrato social de forma detalhada.

Além disso, o contrato social deve estabelecer as regras sobre o uso do capital social, como a possibilidade de aumento ou redução do capital social no futuro. Isso pode ocorrer conforme a necessidade de expansão da empresa ou de ajuste às condições do mercado. 

O capital social é uma base importante para garantir a estabilidade financeira da empresa, especialmente nos primeiros anos de operação.

Regras de governança e tomada de decisão

A governança da empresa é um dos aspectos mais importantes que o contrato social deve definir. 

As regras de governança determinam como as decisões serão tomadas dentro da empresa, especialmente nas questões importantes que afetam o futuro do negócio, como a eleição de diretores, a distribuição de lucros e o processo de dissolução da sociedade.

O contrato social deve especificar as formas de tomada de decisão, que podem ser por unanimidade, por maioria de votos ou por outros critérios acordados entre os sócios. 

Essas regras são fundamentais para garantir que a gestão da empresa seja eficiente e justa para todos os envolvidos.

Além disso, é essencial que o contrato social defina as funções de cada sócio na administração da empresa e a periodicidade das reuniões dos sócios. 

O documento deve também prever procedimentos para a resolução de disputas internas, garantindo que a empresa funcione de maneira ordenada e sem conflitos. 

Em empresas com muitos sócios ou com alta complexidade, é importante estabelecer processos claros para a tomada de decisões para evitar paralisia administrativa e garantir que as ações da empresa sejam bem coordenadas.

Por que o contrato social é importante?

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Entender o que é o contrato social da empresa é essencial para evitar conflitos entre os sócios, garantir a segurança jurídica da empresa e facilitar processos como obtenção de crédito, contratação de serviços e registro de marca. 

Ele também define as diretrizes para a administração do negócio, garantindo que todos os envolvidos saibam seus direitos e deveres.

Além disso, o contrato social contribui para a credibilidade da empresa no mercado. Empresas bem estruturadas tendem a atrair mais investidores e clientes, pois transmitem segurança e profissionalismo.

Tipos de contrato social

Existem diferentes tipos de contrato social, dependendo do modelo jurídico da empresa. 

Cada um deles tem características específicas que influenciam como o negócio será gerenciado e tributado. Abaixo, explicamos os principais tipos, confira:

Sociedade Limitada (LTDA)

A LTDA é um dos modelos empresariais mais comuns. Nela, os sócios têm suas responsabilidades limitadas ao valor das quotas subscritas. 

Esse formato é ideal para pequenas e médias empresas que desejam ter uma estrutura bem definida sem expor seus bens pessoais a riscos. 

Além disso, a LTDA possibilita a personalização de regras de governança, permitindo a inclusão de cláusulas específicas para sucessão empresarial, divisão de lucros e retirada de sócios.

Microempreendedor Individual (MEI)

Essa modalidade não precisa de um contrato social MEI formal, pois sua constituição é simplificada. No entanto, deve-se seguir regras específicas para faturamento e contratação de funcionários. 

Esse modelo é voltado para pequenos empreendedores que atuam sozinhos e desejam regularizar suas atividades de maneira simplificada. 

É importante lembrar que o MEI possui um limite de faturamento anual e restrições quanto às atividades que podem ser exercidas dentro dessa categoria.

Empresário Individual (EI)

O EI é uma opção para quem deseja empreender sozinho, sem a necessidade de definir capital social ou dividir quotas. 

Contudo, nesse modelo, o empresário responde com seus bens pessoais em caso de dívidas da empresa. 

Isso significa que, em caso de dificuldades financeiras, os credores podem requisitar bens particulares do empresário para quitar débitos. Esse fator deve ser levado em consideração antes de optar por essa modalidade.

Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)

A SLU permite que um único sócio constitua uma empresa limitada, sem a necessidade de um contrato social típico de sociedades. Essa modalidade combina a simplicidade do EI com a segurança jurídica da LTDA, pois o patrimônio pessoal do empresário fica protegido em relação às obrigações da empresa. Assim, a SLU é uma excelente alternativa para empreendedores individuais que desejam limitar sua responsabilidade sem a necessidade de um sócio.

Como fazer um contrato social?

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Compreender o que é o contrato social da empresa e elaborá-lo da forma correta é um passo fundamental para formalizar qualquer empresa. 

Embora ele seja um documento legal, sua criação exige planejamento e clareza, pois vai moldar a estrutura jurídica da empresa, definir as responsabilidades dos sócios e as regras operacionais. 

A seguir, detalhamos as etapas essenciais para elaborar um contrato social eficaz:

Planejamento estratégico

Antes de começar a redigir o contrato social, é crucial ter um planejamento estratégico bem elaborado. 

O planejamento envolve mais do que simplesmente pensar em números e objetivos de curto prazo. Ele deve abordar as metas de longo prazo da empresa, a estrutura desejada e os recursos necessários para atingir esses objetivos.

É importante discutir com todos os sócios as responsabilidades individuais e coletivas, bem como a visão que cada um tem sobre o futuro do negócio. 

Por exemplo, qual será o papel de cada sócio na administração da empresa? Como será a divisão de tarefas no dia a dia? 

Além disso, o planejamento estratégico deve prever o crescimento da empresa, considerando fatores como expansão de mercado, lançamento de novos produtos e contratações.

Outro ponto relevante é a definição das regras operacionais, como a forma de distribuição de lucros, a política de remuneração dos sócios e a estratégia para reinvestir os lucros no crescimento do negócio. 

Essas questões precisam estar bem claras no contrato social para evitar desentendimentos no futuro.

A formalização do planejamento estratégico em um contrato social permite que todos os envolvidos na empresa compartilhem uma visão comum e, assim, contribuem de forma eficaz para o sucesso da empresa.

Estrutura jurídica e registro

A elaboração do contrato social deve estar alinhada com a legislação vigente, garantindo que a empresa cumpra todas as exigências legais. 

A escolha da estrutura jurídica da empresa (como Sociedade Limitada, Microempreendedor Individual, entre outras) influencia diretamente no formato do contrato social.

Cada tipo de estrutura exige uma abordagem específica na redação do contrato. Para empresas limitadas (LTDA), por exemplo, o contrato precisa detalhar a divisão de quotas entre os sócios e a responsabilidade de cada um. 

Já para o Microempreendedor Individual (MEI), o processo é simplificado, e o contrato social pode ser dispensado em alguns casos, embora ainda seja importante para formalizar a regularização.

Depois de redigido, o contrato social precisa ser registrado na Junta Comercial do estado onde a empresa será constituída. Esse registro é fundamental para garantir a legalidade do negócio e permitir sua atuação no mercado. 

Sem o registro, a empresa não pode emitir notas fiscais, contratar funcionários ou firmar contratos em nome da pessoa jurídica.

A partir do momento que o contrato social é registrado, a empresa adquire personalidade jurídica, ou seja, passa a ser considerada uma entidade separada dos sócios, com direitos e deveres próprios. 

O registro também é necessário para a obtenção do CNPJ, o que permitirá à empresa realizar transações financeiras, como abrir conta bancária e contratar serviços.

Governança e gestão

Uma parte fundamental do contrato social é a definição das regras de governança e gestão da empresa. A governança envolve as regras e procedimentos para a tomada de decisões dentro da empresa. 

O contrato social deve esclarecer quem terá poder de decisão em questões importantes, como a eleição de diretores, a distribuição de lucros e a aprovação de investimentos significativos.

A governança também deve prever como serão tratadas as questões envolvendo os direitos e deveres dos sócios, como a resolução de disputas internas, a entrada e saída de novos sócios, e a definição de sucessão, caso um dos sócios deseje vender sua participação ou se afastar da sociedade.

Além disso, a gestão da empresa, como a administração das finanças e a elaboração de orçamentos, deve ser detalhada no contrato social. 

Como os lucros serão distribuídos entre os sócios, os prazos para as reuniões e as responsabilidades de cada sócio no dia a dia também devem ser mencionados.

Essas definições são vitais para que a empresa funcione de maneira eficiente, com um processo decisório claro e transparente. 

Empresas com regras de governança bem estabelecidas tendem a ter menos conflitos internos e maior estabilidade no longo prazo. 

Portanto, a gestão não deve ser deixada de lado no momento da elaboração do contrato social, e todas as questões relacionadas à administração e ao funcionamento da empresa devem ser bem definidas.

Como consultar o contrato social pelo CNPJ?

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Para consultar o contrato social de uma empresa, é possível acessar a Junta Comercial do estado ou utilizar serviços online da Receita Federal. Em alguns casos, é necessário pagar uma taxa para obter a cópia do documento. 

Esse procedimento pode ser útil para verificar informações sobre um parceiro comercial ou para atualizar dados internos da empresa.

Erros comuns ao elaborar um contrato social

Alguns erros são comuns ao elaborar contratos sociais, como, por exemplo:

  • Não definir claramente as responsabilidades de cada sócio.
  • Não prever regras para saída de um sócio.
  • Omitir informações sobre distribuição de lucros.
  • Não consultar um profissional jurídico.
  • Usar um modelo genérico sem considerar as necessidades específicas da empresa.

Qual a diferença entre contrato social e cartão CNPJ?

O contrato social é o documento que estabelece a empresa e suas regras. O Cartão CNPJ é o registro da empresa junto à Receita Federal, identificando-a oficialmente para fins fiscais e comerciais. 

Enquanto o contrato social detalha o funcionamento do negócio, o CNPJ serve como um número de identificação perante órgãos públicos e privados.

O que vem primeiro: CNPJ ou contrato social?

O contrato social deve ser elaborado antes, pois é um dos documentos necessários para registrar a empresa na Receita Federal e obter o CNPJ. Sem um contrato social registrado, a empresa não pode ser formalizada.

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Compreender o que é o contrato social da empresa é essencial para qualquer empreendedor. Esse documento não apenas formaliza o negócio, mas também protege os sócios e define as regras de funcionamento da empresa. 

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